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17/07/2014

Escolas estaduais do Paraná vão construir cozinhas modelos

Assessoria de comunicação/Seed

A Secretaria de Estado da Educação conseguiu aprovação do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para construir cozinhas modelos em três escolas estaduais: duas escolas indígenas e uma em escola quilombola. As cozinhas serão feitas levando em conta conceitos de sustentabilidade ambiental, como reaproveitamento da água de chuva, aquecimento solar e separação do lixo.

O projeto é inédito no Brasil e foi desenvolvido pela equipe técnicas da Superintendência de Desenvolvimento Educacional da Secretaria de Estado da Educação do Paraná e aprovado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Além da preocupação ambiental, as três cozinhas modelos também terão um espaço para uma “cozinha escola” onde os estudantes terão aulas sobre educação alimentar.

As escolas que terão as cozinhas modelos são o Colégio Estadual Porto Novo, escola quilombola em Adrianópolis (Região Metropolitana de Curitiba), Escola Estadual José Ner-Nor Bonifácio, em Nova Laranjeiras (Centro-Sul), e Escola Estadual Cacique Gregório Kaekchot, em Manoel Ribas (Norte).

A previsão é que até o mês de agosto sejam feitas as licitações para a construção das três cozinhas. O convênio foi firmado em 2012 e desde então a Secretaria da Educação desenvolveu os projetos das cozinhas modelos. Todos os projetos e documentação foram aprovados no começo deste mês pela Caixa Econômica Federal.

As cozinhas junto com refeitórios terão 243 metros quadrados. “Essas serão as primeiras escolas, mas já estamos incluindo nos novos projetos a implantação dessa nova cozinha, para que as novas escolas que serão construídas já tenham a adequação dos novos espaços”, explicou a diretora de Infraestrutura e Logística da Secretaria da Educação, Márcia Stolarski.

SUSTENTABILIDADE - Uma das grandes diferenças das cozinhas modelos é que elas terão conceitos de sustentabilidade ambiental. Será usado um sistema de aquecimento solar para lavar louça, telhas metálicas termoacústicas e reaproveitamento da água da chuva para limpeza dos pisos, com uma caixa de 5 mil litros de capacidade de armazenamento. A arquiteta Goretti Brotto Simonetto, autora do projeto arquitetônico, afirmou que a ideia de usar os conceitos de sustentabilidade ajuda na conscientização dos alunos. “Vamos usar um sistema simples para fazer a coleta da água da chuva, que não precisa de cisterna nem usa motor. Também vamos usar a energia solar para aquecer a água da cozinha, pois o aquecimento elétrico consome muita energia e aumenta muito o custo de manutenção da cozinha”, explicou Goretti.

Também haverá um espaço para separação do lixo orgânico e do reciclado por categoria: vidro, papel, metal e plástico. Outra característica das cozinhas serão os depósitos específicos para armazenar os alimentos da agricultura familiar. Os locais serão climatizados com ar-condicionado.

O superintendente de Desenvolvimento Educacional, Jaime Sunye Neto, ressalta a importância da primeira parceria firmada entre a Secretaria e o Ministério. “São acordos de cooperação como este possibilitam atingir interesses comuns”, afirmou.

Os equipamentos que as merendeiras vão usar nas cozinhas também serão mais ergonômicos, para aumentar o conforto das funcionárias na hora de preparar os alimentos dos alunos. As cozinhas também serão equipadas com um balcão térmico para servir as refeições no sistema de bufê. “Os próprios alunos vão se servir, como se fosse num restaurante. Isso também faz parte de educação alimentar”, explicou Márcia Stolarski.

COZINHA-ESCOLA - As três cozinhas modelos terão um espaço específico para aulas de educação alimentar, que serão chamadas de “cozinhas escolas”. O espaço também será aberto para a comunidade, para cursos sobre preparação de alimentos, aproveitamento de alimentos e alimentação saudável. Esses cursos poderão ajudar a aumentar a renda da comunidade que vive próxima às escolas.

O FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) mostrou interesse em usar o projeto das cozinhas modelos do Paraná para implantar em escolas integrais do Brasil inteiro.

Esta notícia foi publicada em 09/07/14 no site www.educacao.pr.gov.br. Todas as informações são de responsabilidade do autor.
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